
Todos nós procuramos por algum sentido em nossa vida. Aqui refiro-me a buscas que nos levam a direções para atingirmos ou concluirmos algo, isso sem julgamento de ser algo profundo ou superficial, sem julgamento de valores, pois cada ser humano tem os seus próprios valores, sejam eles provenientes do meio em que se vive, sejam eles do seu interior, mas de qualquer maneira, interno ou externo, esses dois sentidos, polaridades, intercalam-se, interagem, dialeticamente se constroem, articulam-se.
Pois bem, a questão do sentido da vida é algo que para muitos é assim tão óbvio quanto o seu próprio talento que ressalta aos olhos do mesmo e de outros indivíduos. Para outros, o sentido da vida reside em satisfazer necessidades construídas pelo sujeito, identificadas internamente mas sem muita ressonância com o meio externo, sem muita aceitação. Já outras pessoas tem o seu sentido da vida voltado a satisfazer a necessidade dos outros, muitas vezes anulando seu próprio brilho e vontades pessoais.
Esse assunto é extremamente controverso, e abre espaço para centenas de milhares de considerações, como por exemplo, se o indivíduo que procura algo sabe ao menos pelo quê procura, se pelo menos ele se conhece, nem que seja um pouco, para saber de onde vem esse sentido que ele mesmo aceitou para sua vida, e mais outras tantas considerações que não me proponho ater no momento. Mas a questão principal de realização desse propósito de vida deve conter no mínimo a busca para a realização desse propósito dentro e fora do indivíduo.
Isso quer dizer que quando há um encontro e um entendimento de certas vocações, a necessidade da expressão dessas forças no mundo é tão importante quanto a própria vida do indivíduo. Não basta saber aquilo que se tem por “dentro”, o que rege sua busca, mas há de se encontrar um mecanismo de manifestação externo para a grandeza do interior.
As polaridades regem a vida, a existência, como Yin e Yang, Céu e Terra, masculino e feminino.
As polaridades regem a vida, a existência, como Yin e Yang, Céu e Terra, masculino e feminino.

Essa polaridade também se refere ao dentro e fora, ao eu e ao outro e tem de ser percebida como a forma de equilibrar todas as coisas. A cada um cabe encontrar a sua maneira de equilibrar essas polaridades, mas é imprescindível, para a saúde integral do ser, ao menos a busca por esse equilíbrio.
Portanto, o que há dentro de tão importante, que tem o brilho especial ao ponto de entendermos como vocação, deve encontrar uma maneira para ser expresso aos outros, ao mundo, de alguma forma, e cabe ao próprio ser descobrir essa forma. A realização interna e externa dessa vocação devem ser buscadas, pois fazem parte de uma mesma coisa.
Oi Alessandra, muito bom seu post, precisamos tanto de mais reflexões, nesse mundo de zumbis, perambulando por aí...
ResponderExcluirMeu carinho
Tereza
"outras pessoas tem o seu sentido da vida voltado a satisfazer a necessidade dos outros, muitas vezes anulando seu próprio brilho e vontades pessoais". Eu não acho que isso exista. Mesmo quando as pessoas ajudam outras, estão fazendo isso por satisfação pessoal. Bjo. Fernando/BE.
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